Escola sustentável

Um olhar sustentável

17 objetivos a serem atingidos até 2030 em questões como educação, saúde e bem-estar, paz e consumo responsável. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável entraram de vez na pauta da Builders.

Vamos voltar um pouco no tempo. Mais precisamente para 2015. A Organização das Nações Unidas (ONU), seus Estados-membros, sociedade civil e parceiros se reuniam para definir uma agenda de desenvolvimento sustentável para os próximos 15 anos. Como referência, utilizaram os resultados obtidos com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), estabelecidos quinze anos antes e que resultaram em avanços significativos no combate à pobreza global, evasão escolar e mortalidade infantil.  Nasciam assim os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS, ou Agenda 2030.

As novas metas são amplas, interdependentes e abrangem questões de desenvolvimento social e econômico: erradicação da pobreza; fome zero; saúde e bem-estar; educação de qualidade; igualdade de gênero; água limpa e saneamento; energia limpa e acessível; emprego digno e crescimento econômico; indústria, inovação e infraestrutura; redução das desigualdades; cidades e comunidades sustentáveis; consumo e produção responsáveis; combate às alterações climáticas; vida debaixo d’água; vida sobre a terra; paz, justiça e instituições fortes e parcerias em prol de metas.

“Nenhum homem é uma ilha”

Como você utiliza a água em casa ou no trabalho? Ao escovar os dentes, deixa a torneira aberta? E a energia elétrica? Ao sair de um ambiente, deixa as luzes acesas ou apagadas? Você acabou de comer uma bala e está com a embalagem na mão. Nenhum cesto de lixo à vista. O que faz?

O quanto a separação de resíduos, coleta seletiva, compostagem e o consumo consciente estão sendo incorporados à sua rotina? Ou ainda, o quanto você colabora para que convivamos de maneira mais harmoniosa, respeitando opiniões e modos de viver diferentes?

Esses são exemplos de ações que integram o dia a dia de qualquer pessoa e que estão previstos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. E a auto-análise nos leva a rever e mudar atitudes, que em menor ou maior escala impactam o mundo em que vivemos. Afinal, como escreveu o poeta inglês John Donne há mais de 300 anos, “nenhum homem é uma ilha, isolado em si mesmo; todos são parte do continente, uma parte do todo.”

É inquestionável que as escolas têm papel fundamental no processo de formação de cidadãos mais conscientes, que conhecem o impacto das suas ações nas comunidades onde estão inseridos e promovem mudanças coletivas. Então, como estruturar um modelo curricular que absorva os ODS, integrando-os de maneira natural às atividades dos alunos?

ODS na escola

Entender conceitos é o primeiro passo. O que são desenvolvimento sustentável e ODS? O site oficial da ONU no Brasil oferece materiais bem didáticos para todos os públicos. Na sequência, vem a formação da equipe pedagógica, que deve estar alinhada e ter o mesmo nível de entendimento e envolvimento para que a inclusão dos ODS no currículo escolar seja bem-sucedido.

“O nosso projeto de escola sempre esteve ligado ao desenvolvimento sustentável. Claro que passamos por diferentes etapas até chegarmos à maturidade que temos hoje”, explica Ana Célia Mustafá Campos, diretora pedagógica. Desde 2014, a escola possui uma engenheira e educadora ambiental que orienta todos nos projetos voltados à sustentabilidade. “Isso representou um passo gigantesco em nossa gestão, que passou a contar com metas e métricas mais bem definidas e detalhadas”, complementa Ana Célia.

De acordo com Marieta Lefèvre, coordenadora pedagógica da Educação Infantil, o processo de adaptação das atividades dos alunos aos temas de cada ODS foi simples, já que a ideologia da educação através do amor sempre contemplou ações que constam nas metas definidas pela ONU. “Quando conhecemos os ODS, começamos a elaborar projetos mais direcionados ou adicionar atividades às que já tínhamos, dando mais ênfase e foco em questões como compostagem, horta, jogos heurísticos”, explica.

Os ODS fazem parte do currículo da Builders. A cada novo período, coordenadores pedagógicos, professores e engenheira ambiental se reúnem para definir quais atividades serão aplicadas de acordo com cada objetivo de desenvolvimento, desafios encontrados na escola e interesse dos alunos. “Cada proposta tem uma finalidade específica, um resultado esperado. No contexto geral, o que buscamos é criar conscientização e formar multiplicadores. Ensinamos as crianças a adotar atitudes conscientes, empoderando-as, no sentido de que podem promover mudanças em suas comunidades”, esclarece Marieta.

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Ensino bilíngue

Bilíngue, por quê?

Esta é uma pergunta comum de quem está em busca de uma escola para crianças. Apostar no ensino bilíngue ainda na educação infantil traz benefícios que vão além da fluência em um outro idioma.

Não há mais dúvidas. O aprendizado de línguas influencia positivamente a formação cerebral. Ele estimula a criatividade, o raciocínio lógico e o desempenho em atividades de memória e atenção. Por muitos anos, o bilinguismo era visto como uma condição que confundia as crianças e as impedia de aprender corretamente uma das línguas.

Na década de 60, os psicólogos Elizabeth Peal e Wallace Lambert, da Universidade McGill, no Canadá, realizaram estudos que provaram o contrário. Testes com crianças de 10 anos de idade de seis escolas francesas de Montreal mostraram que indivíduos bilíngues superaram os monoglotas em testes verbais e não-verbais. Os resultados dos estudos foram divulgados no artigo The relation of bilingualism to intelligence. De lá para cá, várias outras pesquisas atestaram que o bilinguismo favorece a melhora da concentração mental. E mais: crianças que aprendem uma segunda língua cedo têm uma sensibilidade comunicativa maior e conseguem resolver problemas e arquitetar soluções mais rápido.

Como a criança absorve um novo idioma?

A fase da primeira infância, que vai até os seis anos de idade, é marcada por intensos processos de desenvolvimento. Ao começar a alfabetização, as crianças já têm pleno domínio verbal sobre a língua. A comunicação é feita perfeitamente, mesmo que não saibam ler e escrever. Expô-las ao aprendizado de um novo idioma fará com que aprendam de maneira mais orgânica e natural que um jovem ou adulto. Ao longo da vida escolar, em um ambiente bilíngue, os alunos são capazes de se expressar tanto oralmente como pela escrita nos dois idiomas, criando uma “ponte” entre ambas que enriquece cada momento de aprendizagem.

Engana-se porém quem acredita que basta expor a criança a um novo idioma que ela naturalmente irá adquirir fluência. De acordo com a diretora pedagógica da Builders, Ana Célia Mustafá Campos, a aquisição do segundo idioma ocorre aos poucos. “A exposição ao inglês na Builders acontece em situações contextualizadas e significativas. A partir do momento em que ingressam na escola, os alunos gradativamente conseguem seguir instruções, ampliam o vocabulário, e se tornam cada vez mais capazes de se expressar no idioma”, complementa.

Uma escola pode ser qualificada como bilíngue quando oferece:

  • Educação Infantil: mínimo de 75% da carga horária diária em outro idioma, que não o Português.
  • Ensino Fundamental I: mínimo de 1/3 da carga horária diária em outro idioma, que não o Português.
  • Ensino Fundamental II e Ensino Médio: mínimo de 1/4 da carga horária diária em outro idioma, que não o Português.

Fonte: Organização das Escolas Bilíngues de São Paulo (OEBI)

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