Virada Sustentável engaja crianças e adultos em soluções criativas e colaborativas

Virada Sustentável engaja crianças e adultos em soluções criativas e colaborativas
Builders e Gara School realizam programação diversificada no dia 24 de Setembro. Confira!

Com o conceito “A nossa natureza é transformar”, as escolas irmãs Builders Educação Bilíngue e Gara School realizam no dia 24 de Setembro as atividades e projetos inscritos na Virada Sustentável de São Paulo, o maior movimento de promoção da cultura sustentável do Brasil. O evento visa destacar práticas sustentáveis com soluções criativas e colaborativas para problemas atuais da sociedade.

Neste ano, a programação será realizada dentro dos espaços físicos da Gara School, com oficinas abertas a toda a comunidade. A Gara é participante pioneira da Virada Sustentável, já tendo ganhado um prêmio por sua participação, e será mais uma vez polo do evento.

A sustentabilidade é um dos pilares e valores essenciais de ambas as escolas e é transversal a todas as disciplinas, projetos, ações e atividades realizadas pelas instituições. Dessa maneira, o currículo como um todo busca envolver, engajar e corresponsabilizar as crianças e comunidade nos valores, cultura e práticas de uma escola sustentável.

O que é a Virada Sustentável de São Paulo

A Virada Sustentável é um dos eventos de sustentabilidade mais importantes e esperados do ano e costuma ser um momento muito rico de construção coletiva para as comunidades escolares.

O evento é um movimento de mobilização colaborativa em prol da sustentabilidade e organiza o maior festival do tema do Brasil. Envolve articulação e participação direta de organizações da sociedade civil, órgãos públicos, coletivos de cultura, movimentos sociais, equipamentos culturais, empresas, escolas e universidades, entre outros, com o objetivo de apresentar uma visão positiva e inspiradora sobre a sustentabilidade e seus diferentes temas para a população.

Como a Builders e a Gara atuam na Virada?

O objetivo das escolas é ampliar e compartilhar informações sobre sustentabilidade com a população, para que todos colaborem diretamente com um mundo melhor e mais saudável e equilibrado.

A participação da Builders e da Gara School na VS é mais uma oportunidade de inspirar e ampliar as práticas e projetos pedagógicos que são realizados diariamente junto à comunidade escolar, mobilizando alunos, colaboradores, famílias e vizinhança em prol de um propósito: compreender que a sustentabilidade vai muito além de apenas questões ambientais, é o equilíbrio e bem-estar dos seres, das suas relações e conexões e destes com o meio em que vivem – do local ao global.

Através das oficinas, tentamos ampliar a visão e o contato das crianças com outros atores da comunidade, bem como com a natureza que as rodeia, trazendo um olhar crítico e reflexivo sobre as principais questões sócio ambientais que atravessamos atualmente. Desta forma, promovemos um ensino mão na massa para que possamos atuar como agentes transformadores, que refletem, criticam, questionam e, principalmente, agem!

Builders e Gara na Virada Sustentável
Data: 24 de setembro (sábado)
Horário: 9h às 14h
Local: Gara School (Rua Campevas 432 – Perdizes)

Confira a programação aqui!

Conversando sobre a morte com crianças

*Por Cristina Zanetti

Estamos vivendo dias muito difíceis e não são poucas as famílias que perderam um ente querido. Lidar com a perda em si já não é nada fácil, imagine então abordar o fato com uma criança. O que dizer?

Na nossa sociedade, existe uma espécie de pacto silencioso em que ninguém fala sobre a morte. Quando evitamos o assunto, estamos ensinando às crianças que elas também devem fugir dele. Precisamos quebrar esse costume. Falar sobre a morte deve ser algo natural e não um assunto proibido. A dificuldade maior em falar da morte está no adulto, não na criança. Elas conversam e depois de alguns minutos já estão brincando novamente.

Para conversar com as crianças sobre a morte, é preciso muito mais ouvir e acolher do que falar. Dar espaço para perguntas também é importante, e as respostas devem variar conforme as crenças e costumes de cada família. É preciso mostrar que você, adulto, aguenta o que ela está te trazendo de tristeza e medo. Pode parecer uma ação pequena, mas é de enorme importância!

Falar sobre a pessoa que se foi, contar sobre as situações que viveram juntos e mostrar fotos são maneiras de reforçar para a criança que seu vínculo de amor e afeto se mantém, apesar da falta da presença física, pois o familiar continua vivo em nossa memória e coração. Não é raro que crianças se preocupem e tenham medo de “esquecer” da pessoa que morreu; então, esse espaço de escuta precisa estar sempre ativo, principalmente durante o luto.

No momento atual, em que mesmo quem não perdeu alguém está vivenciando o luto coletivo diante do cenário de pandemia, a leitura de livros infantis são recursos valiosos para abordar o tema. 

Dicas de livros

  • Menina Nina – Duas razões para não chorar, texto e ilustrações de Ziraldo, Editora Melhoramentos.
  • Roupa de brincar, de Eliandro Rocha, com ilustrações de Elma, Editora Pulo do Gato.
  • No oco da avelã, Muriel Mingau, com ilustrações de Carmen Segovia, Edições SM.
  • O segredo é não ter medo, Tatiana Belinky, com ilustrações de Guto Lacaz, Editora 34.
  • O guarda-chuva do vovô, Carolina Moreyra, com ilustrações de Odilon Moraes, Editora DCL.

Não há como falar de morte sem falar de vida. A morte nos faz pensar nos valores mais importantes que norteiam a nossa existência. Pensar e refletir sobre a morte nos faz viver com mais intensidade a nossa própria vida. Quando nos reconhecemos como seres mortais, quando de certa maneira “nos preparamos para a morte vivendo bem a nossa vida”, ficamos em paz com essa realidade, comum a todos nós.

*Cristina Zanetti é orientadora educacional na Builders Educação Bilíngue e na Garatuja Educação.

An exhausted male doctor rubs his eyes.

Esgotamento emocional: como identificar e cuidar?

Por Cristina Zanetti*

Esgotamento emocional: você sabe o que isso significa? Estamos falando de uma situação em que a pessoa não consegue funcionar normalmente por causa de um grande estresse.

O psicológico e o corpo de cada pessoa responde a condições negativas de formas diferentes, mas alguns sinais são comuns quando se trata de esgotamento:

– Isolamento: a pessoa procura se afastar da companhia de amigos e familiares.

– Dificuldade de concentração: durante o colapso nervoso é difícil manter o foco.

– Desinteresse: o indivíduo abandona as atividades diárias habituais e não demonstra mais vontade de realizá-las.

– Instabilidade emocional: a pessoa sente-se deprimida e esgotada e apresenta explosões emocionais de raiva incontrolável, medo, desamparo ou choro.

– Exaustão: o acúmulo de situações desgastantes deixa o indivíduo sem energia.

– Dores de cabeça: o colapso nervoso pode provocar fortes dores de cabeça, além de tontura.

– Dores musculares: a representação física da crise pode resultar em músculos mais rígidos e doloridos.

– Coração acelerado e sudorese: a pessoa sua bastante e fica mais agitada do que o normal.

– Problemas intestinais: o indivíduo sofre com evacuações irregulares e dores na região do estômago.

– Insônia: a pessoa apresenta dificuldades para dormir.

O que fazer diante desses sintomas?

Procure conversar com alguém de sua confiança e, se sentir que não está dando conta, não tenha medo ou vergonha. Peça ajuda!

Se sentir que há algo errado, procure ajuda médica e/ou psicológica. Saiba que a terapia é uma das mais importantes formas de tratamento, aliada ou não à medicamentos, a terapia é fundamental, pois é fonte de autoconhecimento!

Cuidar da saúde mental é uma estratégia inteligente e prioritária, principalmente em tempos de pandemia. Comportamentos de prevenção são importantíssimos.

Priorize atividades que façam bem ao seu corpo e à sua mente – vale yoga, meditação, caminhada, aulas de pintura e por aí vai.

Pratique atividades físicas regularmente e mantenha uma alimentação rica e balanceada.

Cuide-se e cuide dos seus.

*Cristina Zanetti é orientadora educacional na Builders Educação Bilíngue e na Garatuja Educação Infantil

Emancipação da educação

A emancipação da educação

Por Ana Célia Mustafá Campos

O fechamento das escolas abriu a oportunidade para a tecnologia finalmente entrar nas salas de aula. E isso é o que de melhor poderia ter acontecido para os alunos que, em pleno século XXI, ainda eram obrigados a ficar sentados, presos a um modelo que não estava sendo bom para ninguém.

Há anos vemos um abismo entre a pedagogia, que pressupõe alunos ouvintes, e a nova educação, onde os professores são provocadores de sinapses.

Mas é muito difícil ser provocador de sinapses se a escola tem somente uma metodologia. Aquela de sempre. Aquela que fazemos, pois é assim que sabemos fazer. Aquela que nos foi dada há 40 anos e, por isso, repetimos.

O momento atual é um grande presente aos alunos.

Com a obrigatoriedade de todos terem sido pressionados a aprender a utilizar a tecnologia para se comunicar, trabalhar, dar e receber aulas, o avanço nas possibilidades foi incrível!

Sim, muitas crianças sofreram e – continuarão sofrendo – com educadores e instituições que simplesmente “professam suas matérias”, só que dessa vez no digital. Por outro lado, algumas escolas foram além do investimento em computadores e redes. Investiram fortemente na formação continuada de professores para que criassem experiências significativas de aprendizagem, e não “dessem aulas” no ambiente on-line.

Essa sim é a verdadeira mudança, pois os alunos já sabem utilizar as plataformas! Afinal, são nativos digitais (clique aqui para saber mais sobre o assunto). Estão prontos. Só precisam ter espaço, serem motivados a criar, a pesquisar, a buscar respostas, a trabalhar em grupo e em projetos de seu interesse. E aqueles que não tinham a oportunidade de utilizar devices tecnológicos, ao recebê-los, rapidamente se adequaram e começaram a explorar todas as suas possibilidades de uso.

Conclusões baseadas em fatos.

Nesses mais de cinco meses de experiência de ensino a distância, nossos alunos de 4 a 6 anos de idade tiveram avanços notáveis em seu processo de alfabetização. A necessidade alavancou o aprendizado. O medo dos educadores foi transformado em entusiasmo ao se depararem, em julho, com a maioria das crianças de 6 anos alfabéticas!

Em outros casos, alunos com TDAH, Asperger e até aqueles cujos diagnósticos ainda são nebulosos, tiveram seus primeiros 10 no boletim após 4 meses de propostas a distância! Isso porque não foram, durante esse período, obrigados a se enquadrar em uma rotina; eles puderam fazer suas atividades sozinhos, no seu tempo, à sua maneira. Com o mundo a seus dedos, evoluíram.

E como não mencionar o aprendizado em relação às aulas de professores especialistas? Quem disse que Arte só pode ser dada em salas com mesas e bancos grandes (em algumas escolas, esse é o único espaço onde os alunos sentam em grupos!)? E que a Educação Física não pode acontecer fora da quadra? Não só foi possível fugir desses cenários, como foi lindo acompanhar o quanto esses profissionais são capazes de se reinventar e levar, via tela, o movimento, a criação, a arte, a literatura, a poesia, o espanhol, o inglês, a ioga, o judô.

Assusta-me escutar profissionais que continuam com o discurso de que a tela é prejudicial, de que nada substitui o presencial e o contato físico. Assustam-me aqueles profissionais que viraram especialistas em dar palpites sem terem dados do que realmente pudemos vivenciar nesses últimos meses.

Foi estrondoso o barulho que essa oportunidade trouxe! Os avanços são notáveis. Foi uma emancipação para todos, em todas as áreas, inclusive para os alunos que não podiam frequentar uma escola. Com acesso à internet e computadores ou tablets e um educador que compreende os recursos tecnológicos e tem mente aberta, ninguém segura esse estudante! É garantia de processos de aprendizagem poderosos, pois a aprendizagem pode acontecer (e acontecerá) em qualquer lugar, sempre que houver disponibilidade para a troca, para a pesquisa, para o brilho nos olhos dos alunos que descobrem o novo a partir de seus interesses.

Professores nunca serão substituídos. O chão da escola sempre será palco de troca. A socialização é fundamental para o ser humano. A tela em excesso faz mal. Mas o momento é emancipatório! Só não percebeu ainda quem não está aberto a conhecer as novas e incríveis possibilidades que a tecnologia oferece ou quem não teve o prazer de acompanhar e avaliar, como eu, o trabalho de 80 professores, com 450 crianças de 2 a 10 anos de idade. Esses profissionais protagonizaram um novo modelo de ensino e, após 4 meses, constataram que o que aconteceu foi lindo de ver, abriu portas, janelas, corações e mentes para uma evolução mais do que necessária e urgente na educação brasileira!

*Artigo escrito por Ana Célia Mustafá Campos, sócia e diretora pedagógica da Builders Educação Bilíngue e da Garatuja Educação Infantil.