Educação Socioemocional

Por Cristina Zanetti*

Quando algo não vai bem, quando estamos em um dia ruim ou quando tudo parece dar errado, podemos nos sentir tristes, irritados, com raiva ou medo. Pequenas coisas do dia a dia podem se transformar em grandes monstros na nossa cabeça. São monstros que nos atrapalham, nos machucam (machucam os outros) e nos fazem sofrer.

O programa da Builders Monstros que a gente cria foi pensado para acolher as emoções das crianças de 6 a 8 anos de idade. O objetivo é que se sintam seguras em compartilhar os próprios sentimentos e possam, aos poucos, perceber o impacto de suas atitudes no outro.

Clique aqui para saber mais sobre o programa Monstros que a gente cria.

Aprendendo a reconhecer os sentimentos

Chamamos a capacidade de identificar e nomear os sentimentos (em si e no outro) de alfabetização emocional. No entanto, esse processo vai muito além de enriquecer o vocabulário das crianças. Ele visa estimular o autoconhecimento e o desenvolvimento de importantes habilidades sociais. Por meio de histórias, vivências, desenhos e rodas de conversa, os alunos são convidados a refletir sobre o que sentem para que entrem em contato com seus “monstrinhos” internos.

É um projeto maravilhoso que extrapola as paredes da sala de aula. Podemos ver seu efeito nos corredores da escola! Percebemos que as crianças têm sua capacidade de diálogo ampliada, pois se posicionam mais e desenvolvem a capacidade de escuta. Dia desses ouvi a seguinte conversa entre dois meninos de 8 anos:

  • Por que você não está falando comigo?
  • Ué, você me ignorou quando eu te chamei lá na quadra!
  • Eu não!
  • Ignorou sim!
  • Eu nem ouvi você me chamando!
  • Chamei duas vezes!
  • Foi mal, nem percebi!

Algo muito além de empurrões ou do “professora, fulano está me ignorando!”, seguido de “pare com isso, fulano, peça desculpas agora”.

A importância de desenvolver a inteligência emocional é para a vida! Aprender a se colocar para o outro (e no lugar do outro) vai tornar as crianças mais sensíveis e abertas para as relações; vai aumentar a autoestima, a autoconfiança e vai diminuir os níveis de ansiedade e estresse, elevando a capacidade de resolver conflitos e desenvolvendo a habilidade de conviver em harmonia.

*Cristina Zanetti é Orientadora Educacional da Builders Educação Bilíngue

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