Por Sabrina Stampar*
A música presente na educação vem ao longo de sua história atendendo a vários propósitos: desde a formação de hábitos, como lavar as mãos antes do lanche, até a memorização de conteúdos, as letras do alfabeto e números, por exemplo. É também muito utilizada para a realização de eventos relativos a datas comemorativas, como dia do índio, do soldado.
Porém, a participação da música nas escolas deve exercer papel mais do que ornamental para animar festas e comemorações. Ela deve trabalhar, juntamente com as outras disciplinas, para o desenvolvimento motor, conhecimento e identificação dos efeitos sonoros, visuais, estéticos, plásticos, desabrochar da criatividade e da sensibilidade e muito mais.
A exploração dos movimentos auxilia na capacidade de organização espacial do próprio corpo, dos objetos e do tempo que cercam uma criança. Os instrumentos e objetos, inclusive objetos do cotidiano como colheres e copos, devem auxiliar nas atividades trazendo uma diversidade de sons, timbres e ritmos novos e interessantes para o universo sonoro que os cerca.
O aprendizado sobre as propriedades do som (altura, duração, timbre e intensidade) exerce papel fundamental na formação de uma criança, pois por meio de atividades como a identificação de sons graves ou agudos, longos ou curtos a criança desenvolverá uma ampla capacidade de percepção, coordenação e identificação do mundo que a cerca.
A apreciação musical e o conhecimento de sua história também exercem papel importante na formação de uma criança, pois auxiliam na formação dos valores, consciência crítica, capacidade de criação e improvisação.
A música não deve ser vista como um produto pronto, que se aprende a reproduzir, mas sim como uma linguagem que se constrói juntamente com o conhecimento da própria vida, sendo assim uma forma interessante e dinâmica de aprendizado para as crianças.
*Sabrina Stampar é professora bilíngue de música
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